Padre Luigi Risso, MSC

"O sacerdote é o amor do coração de Jesus" (São João Maria Vianney)

03 anos de idade

Em Roma, o lar de Enrico Risso e Ângela Vitanzi Risso ganhou um menino, no dia 16 de dezembro de 1931. Recebeu o nome de Luís, apesar de não ser a vontade da mãe, em respeito à tradição que havia na família, onde o primeiro filho deveria receber o nome do avô. O casal teve mais três filhos, Paulo, Giancarlo e Beatriz.

O menino gostava de brincar com as coisas simples da época, mas o seu brinquedo preferido era jogar bola. Aos 6 anos, iniciou os estudos. 

O pai era oficial militar, a família viajou muito para acompanhá-lo, e Luís teve que estudar em várias escolas, em cidades diferentes. Não possuía muita afinidade com os estudos e repetiu alguns anos durante a vida escolar, o que resultou em algumas surras do pai.

Aos 9 anos, recebeu a primeira comunhão junto com seus irmãos. Desde pequeno, sonhava em ser militar do Exército e satisfazer o sonho do pai, que desejava um filho com a mesma profissão que a sua. Logo despertou para a vida religiosa e foi tomado pela dúvida de que seria militar da Forças Aéreas ou sacerdote. Tinha em mente uma congregação especifica; admirava a ordem dos jesuítas, que possuía regras semelhantes a um sistema militar.

O Sr. Enrico não concordou com a decisão, pois não queria perder o filho. Alguns familiares, apesar de apoiarem a deliberação do menino, não acreditavam que aquela criatura, traquina e que não gostava de estudar, tinha capacidade de se tornar padre.

05 anos de idade

JARDINS DO "VOVÔ RISSO" ATIVOS

Padre Risso tornou-se conhecido por suas ações de caridade e extraordinária capacidade de trabalho. Quando decidia pela realização de uma obra, sempre surgia dinheiro. Segundo ele, não lembrava se alguma vez faltou recurso para suas construções. Confiava na Providência Divina, que enviava de algum lugar. A ajuda sempre vinha de instituições doadoras e de benfeitores que enviavam recursos financeiros.

Em uma entrevista, dada a um jornal local, queixou-se da falta de auxilio de políticos e autoridades. Não queria reconhecimento dos governos, mas pedia que ajudassem mais o povo. Colocava-se à disposição dos gestores, para realizar construções com a certeza de que economizariam muito mais.

Perguntado sobre o que gostaria de fazer mais por Pinheiro, disse que sonhava em melhorar as escolas na zona rural e construir mais obras nesses locais. Ansiava por uma vida mais digna para esse povo sofrido e abandonado. Gostaria de possuir mais recursos e saúde para ajudar todos. Reconhecia que essa população se acostumou só a receber e pouco fazia para melhorar sua qualidade de vida. Desejava maior empenho e participação popular e, por isso, trabalhou com afinco pela educação das crianças, para que aprendessem a lutar pelos seus direitos.

IGREJAS CONSTRUÍDAS COM O APOIO DO PE LUIGI RISSO, MSC

PINHEIRO - MA

PRESIDENTE SARNEY - MA

Outras Obras do Padre Risso, MSC

HOMENAGENS PRESTADAS AO PE. RISSO

O seu amor ao próximo era visto na assistência aos pobres e aos desvalidos, às crianças e aos idosos. Sempre ajudou todos que o procuravam ou necessitavam de cuidados. Amado pelos pinheirenses, Pe. Risso dedicou a sua vida à evangelização e à caridade. Com o seu trabalho e o seu exemplo, ele impactou gerações.

Recebeu muitas homenagens em vida. A mais expressiva delas está em frente à igreja São José, no Bairro do Fomento, onde um busto erigido perpetuou o que foi testemunhado nas últimas seis décadas em Pinheiro e que, gravado no bronze, diz quem foi esse homem: “O mais pinheirense de todos os italianos, Pe. Luigi Risso, MSC, apóstolo da Verdade e da Caridade, que cruzou o Atlântico, com o veleiro da fé, ao sopro da Providência Divina, para semear esperanças às margens do Pericumã.”

Vídeos, registros e reportagens do Padre Luís Risso, MSC

Em uma jornada, que durou 60 anos, Pinheiro e adjacências conviveram com a filantropia, com a perseverança, com a competência e com a teimosia daquele, que se fez “um pinheirense”, para fazer do sacerdócio, do trabalho e da educação a sua missão única. Um alento aos menos favorecidos, às crianças e aos idosos, que ganharam a sua preocupação, proteção e afeição.

Jornada, árdua, mas abençoada e vitoriosa. E, por isso, com grande consternação, Pinheiro viu-se de luto e órfã do seu benfeitor maior no dia 09 de março de 2022. Os seus restos mortais repousam no ”Campo Santo” Santo Inácio de Loiola.

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